sexta-feira, 27 de maio de 2022

POSTAGEM ESPECIAL.

 




Neste dia, há 100 anos, nasceu Christopher Lee, um dos lordes do horror.

 

Ao longo de sua carreira, o astro esteve em grandes filmes do gênero, muitos deles produzidos pela Hammer Films.

 

Um de seus maiores papeis foi o do Conde Drácula, que interpretou em sete filmes. Seus outros grandes filmes incluem O Homem de Palha, As Bodas de Satã, Rasputin, entre outros.

 

No século XXI, esteve na Trilogia O Senhor dos Anéis, dando vida ao vilão Saruman, o Branco.

 

Christopher Lee foi um dos maiores astros do horror de todos os tempos, e sua contribuição para o gênero jamais será esquecida.

 

Feliz aniversário, Christopher Lee!





segunda-feira, 23 de maio de 2022

A HORA DO PESADELO 3 – OS GUERREIROS DOS SONHOS (1987). Dir.: Chuck Russell.

 

NOTA: 9.5



Em 1984, quando lançou A Hora do Pesadelo, Wes Craven não sabia o quão importante seu filme seria para o gênero, e o quão popular o seu vilão, o assassino Freddy Krueger, se tornaria ao longo dos anos. O sucesso do primeiro filme motivou os donos da New Line a transformar o filme em uma franquia de sucesso.

 

A HORA DO PESADELO 3 – OS GUERREIROS DOS SONHOS, lançado em 1987 e dirigido por Chuck Russell, é a segunda continuação da franquia, e um dos favoritos dos fãs.

 

Motivos para isso não faltam. A Hora do Pesadelo 3 é sem dúvida um dos melhores da franquia, isso graças ao retorno de Craven à franquia, após se recusar a participar do filme anterior, porque ele nunca considerou a possibilidade de criar uma continuação. Pois bem, aqui, Craven retornou e fez um ótimo trabalho, ao lado de Frank Darabont, Bruce Wagner e do diretor. No entanto, o roteiro de Craven sofreu mudanças – mais detalhes sobre isso adiante.

 

Fazendo uma análise, é justo dizer que este é um dos melhores da franquia, não apenas por causa do roteiro, mas por causa do filme como um todo. Tem uma ótima direção, uma fotografia excelente, que assim como no primeiro filme, não faz distinção entre o que é real e o que sonho, um elenco afiado e efeitos especiais dignos de nota.

 

Sem dúvida, um dos atrativos do filme é a volta de Heather Langekamp, interpretando a mocinha Nancy Thompson pela segunda vez, aqui, uma especialista em sonhos que auxilia as novas vítimas de Krueger. Eu pessoalmente considero a presença da personagem algo inesperado, porque à primeira vista, nós pensamos que o roteiro vai focar em novos personagens, mas então temos essa surpresa. E o melhor é que Nancy continua sendo a personagem forte do primeiro filme, disposta a tudo para salvar as crianças das garras do vilão. Além dela, temos também o retorno de John Saxon, reprisando seu papel como o Tenente Thompson, aqui em estado de decadência. Apesar da pouca presença, o personagem também tem sua importância para a trama.

 

Além dos personagens clássicos, temos também os novos jovens, internados na clínica psiquiátrica por diferentes motivos, mas que na hora de dormir, são atormentados por Krueger. Cada um tem a sua característica própria, que será usada mais tarde na trama para combater o vilão; mas ao mesmo tempo, servem como alvo para ele, visto que Krueger usa dessas mesmas características para mata-los, vide a cena da marionete, por exemplo – a melhor do filme.

 

Aqui temos também a introdução de novas vítimas para Krueger, algo explorado nas demais continuações, e que pessoalmente, eu gosto muito, pois mostra que o vilão é uma entidade universal, que assombra os sonhos de todos, sem distinção.

 

No entanto, a melhor coisa do filme é sem dúvida o vilão – e sempre será. Aqui, temos um Freddy Krueger mais poderoso, capaz de se transformar em muitas coisas para caçar os jovens: uma minhoca gigante, uma televisão e até um ser celestial. Quem leva o crédito, claro, é o ator Robert Englund, completamente à vontade no papel, já dando os primeiros sinais de humor negro, algo muito debatido pelos fãs.

 

Além de seus novos poderes, o vilão também ganha uma origem, na forma de uma misteriosa freira que aparece para o Dr. Gordon ao longo do filme: Krueger é o filho bastardo de um grupo de maníacos que estupraram uma jovem funcionaria do antigo sanatório onde ela trabalhava. Origem mais cruel que essa, não sei se conheço.

 

Além de sua origem, temos aqui o retorno de Kevin Yagher e Mark Shostrom na maquiagem, e ambos fizeram um trabalho incrível, um dos melhores da franquia. E claro, temos também os efeitos especiais, principalmente ópticos e stop-motion. Mesmo parecendo datados para os mais exigentes, eu gosto muito deles, principalmente do esqueleto em stop-motion de Freddy.

 

Porém, apesar de muito legal, o esqueleto faz parte do momento mais fraco do filme, onde os heróis precisam enterrar os restos de Krueger em solo sagrado, mas o enterram no ferro-velho. Mesmo tendo apresentado uma resposta para o problema, eu não sou muito fã dessa parte; acho que poderiam ter levado os restos para o cemitério e enterrado lá.

 

Antes de encerrar, eu comentei que o roteiro original de Craven sofreu mudanças, o que deixou o cineasta infeliz. De fato, Craven tinha uma ideia diferente para o filme: ele queria fazer uma história sobre metalinguagem, apresentando Krueger no mundo real e ameaçando os envolvidos com a produção – algo que ele utilizou no excelente O Novo Pesadelo de Wes Craven (1994), que ele escreveu e dirigiu. A ideia foi descartada e os demais roteiristas foram chamados para completar o trabalho, entre eles, Frank Darabont, em uma passagem curiosa pela franquia.

 

Mas apesar das mudanças no roteiro, A Hora do Pesadelo 3 foi bem de bilheteria e até hoje é considerado um dos melhores da franquia.

 

A franquia foi lançada em VHS, DVD e Blu-ray no Brasil ao longo dos anos, mas atualmente, está fora de catálogo.

 

Enfim, A Hora do Pesadelo 3 é um dos melhores da franquia. Um filme onde todos os detalhes contribuem para seu sucesso. Freddy Krueger está em forma aqui, apresentando seus poderes pela primeira vez e matando de maneiras criativas e carregadas de humor negro. O retorno de personagens clássicos, além de Wes Craven, deixa o filme ainda melhor. Um filme excelente.



 

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segunda-feira, 16 de maio de 2022

A HORA DO PESADELO 2 – A VINGANÇA DE FREDDY (1985). Dir.: Jack Sholder.

 

NOTA: 9



Vou ser sincero aqui. A HORA DO PESADELO 2 – A VINGANÇA DE FREDDY, lançado em 1985, é um dos meus favoritos da franquia, e um dos melhores, apesar das inúmeras polêmicas que o envolvem.

 

Eu tive meu primeiro contato com o filme na sessão de terror da TNT, há alguns anos, e logo de cara, eu morri de medo, principalmente porque a imagem era muito escura e o filme era muito violento, e então, eu acabei não gostando. Hoje, no entanto, a minha opinião é diferente, conforme mencionado no parágrafo acima.

 

O fato é que A Vingança de Freddy é um dos mais assustadores da franquia, principalmente por causa do vilão, que aqui está mais diabólico do que nunca – mais detalhes adiante.

 

Eu acho esse filme excelente, principalmente porque a franquia ainda estava no começo, então, os filmes eram bem-feitos – não que isso não continuasse no restante da franquia, mas aqui, ainda temos a melhor fase.

 

Aqui temos um caso em que direção e roteiro combinam para obter o resultado que vemos. A direção de Jack Sholder é competente, e o diretor capricha principalmente nas cenas de tensão e horror, mais ou menos como Wes Craven fez no filme anterior. Além disso, ele faz questão de nos lembrar que Freddy está sempre presente, destacando as cores vermelho e verde.

 

O elenco também é um destaque, principalmente o trio de protagonistas. O diretor Sholder fez um bom trabalho dirigindo os atores e conseguiu extrair grandes performances deles. O protagonista, interpretado por Mark Patton, é um dos melhores da franquia. É possível ver o quanto ele sofre nas garras do vilão e não pode contar com a ajuda de ninguém. O restante do elenco também convence.

 

No entanto, ninguém é melhor do que Robert Englund, interpretando o vilão pela segunda vez. Conforme mencionado acima, aqui temos o Freddy mais diabólico da franquia, e não é para menos. Aqui, o vilão está na sua forma mais perversa e sanguinária e ele não poupa ninguém. O assassino mostra as garras e causa um banho de sangue e terror psicológico, atormentando o protagonista de todas as formas. Difícil escolher qual a menor cena, mas na minha opinião, o melhor acontece na festa da piscina, onde o vilão faz a sua própria festa, massacrando os jovens com suas garras sem piedade.

 

O visual do vilão também merece destaque, tudo graças à maquiagem de Kevin Yagher, que o transforma em um ser deformado pelas queimaduras. Melhor que isso, só no primeiro filme.

 

No entanto, é impossível falar desse filme sem mencionar as diversas polêmicas que o envolvem. Não vou entrar em detalhes e nem dar a minha opinião para não criar mais polêmicas, mas eu não vejo problema nenhum; não me incomoda nem um pouco. Porém, isso não impediu o filme de ser massacrado após seu lançamento, o que acabou com a carreira do protagonista. Por outro lado, a questão homoerótica também ajudou o filme a ganhar fãs dentro da comunidade LGBT. Tais questões foram desmentidas e depois assumidas pelo roteirista anos depois.

 

Para melhor imersão nas questões, recomendo o documentário Scream Queen – My Nightmare on Elm Street, que conta a trajetória do filme e do protagonista.

 

Bom, polêmicas à parte, eu gosto muito desse filme e acho um dos melhores da franquia.

 

A Hora do Pesadelo 2 foi lançado em 1º/nov/1985 e tornou-se um sucesso de bilheteria. No Brasil, foi lançado nos cinemas em 23/jul/1987.

 

A franquia foi lançada em VHS, DVD e Blu-ray no Brasil ao longo dos anos, mas atualmente, está fora de catálogo.

 

Enfim, A Hora do Pesadelo 2 – A Vingança de Freddy é um dos melhores da franquia. Um filme verdadeiramente assustador, com cenas dignas de pesadelos, além de muito sangue e tensão. O vilão Freddy Krueger está em sua melhor forma aqui, mais diabólico do que nunca. Direção e roteiro afiados contribuem para deixar o filme ainda melhor. Um dos meus favoritos da franquia. Um filme excelente. 





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