NOTA: 10
Durante os anos 50, Hollywood produziu uma variedade
de filmes voltados para a invasão extraterrestre, como uma forma de retratar o
que estava acontecendo no mundo naquela época.
A INVASÃO DOS
DISCOS VOADORES é um desses filmes lançados nessa leva, e um dos melhores;
e motivos para isso não faltam.
Conforme mencionei em resenhas anteriores, este é um
exemplo daqueles filmes da década de 50 que sabiam divertir o publico com suas
tramas que focavam na paranoia da invasão alienígena.
E claro, devo mencionar que o fator que torna o filme
atrativo são os efeitos especiais, criados pelo mestre Ray Harryhausen – mais
detalhes sobre isso adiante.
Bom, mas vamos falar sobre o filme primeiramente.
Dirigido por Fred F. Sears, aqui temos um típico filme de ficção cientifica da
época, com a presença dos cientistas, e principalmente dos militares, que
querem impedir a ameaça.
É o tipo de coisa que ficou comum na época,
principalmente por causa do medo da ameaça nuclear e da invasão comunista,
então, os militares eram presença garantida em filmes do gênero.
E os personagens são muito criveis. Assim como
mencionei em resenhas de filmes da mesma época, o elenco é um fator que
contribui para deixar o filme mais realista; mais uma vez, vemos aqui que os
atores interpretam muito bem seus papéis e passam a credibilidade. Em nenhum
momento, eu achei que eles estavam atuando de maneira forçada ou exagerada;
pelo contrário.
A direção de Fred F. Sears também é competente. O
diretor cria cenas muito boas, principalmente nas sequencias da invasão em
Washington, com planos abertos dando destaque para as naves e a destruição que
elas provocam.
O roteiro também é bem construído, e desde o começo,
deixa claro a respeito do que se trata, mostrando os discos voadores
praticamente logo na primeira cena e em seguida, desenvolvendo a história em
cima da ameaça da invasão dos extraterrestres, e em seguida, apresentando os
protagonistas e a sua relação com os invasores, porque o Dr. Marvin é um
cientista que desenvolve foguetes, e os extraterrestres derrubam os foguetes
que ele e sua equipe lançam; e também estabelece que Marvin consegue se
comunicar com os alienígenas, graças ao seu gravador.
Mas não tem como falar do filme sem mencionar os
efeitos especiais, criados pelo mestre do Stop-Motion, Ray Harryhausen. Os
discos voadores têm um design maravilhoso, que realmente lembra um disco, com
sua arma de raios. Para cada cena, Harryhausen tinha modelos de tamanhos
diferentes e a animação é espetacular e convincente. E os alienígenas também
têm um visual legal, com uma armadura que dispara raios que desintegram o alvo.
E a melhor cena que eles protagonizam é a invasão em
Washington. As naves sobrevoam a capital dos EUA de maneira extraordinária,
passando pelos prédios históricos e monumentos, causando pânico na população.
E claro, também não posso deixar de falar sobre o
filme sem mencionar a influencia que o longa teve no diretor Tim Burton,
admirador confesso de Harryhausen. Para mim, é impossível não desassociar o
longa de Burton com este aqui, principalmente porque temos cenas praticamente
idênticas, como um dos monumentos de Washington sendo destruído, ou quando uma
das naves cai na água; e o modo de derrotar os invasores é basicamente o mesmo,
com o uso de som, além do design dos OVNIs.
A Invasão dos
Discos Voadores foi dirigido por Fred F. Sears, um dos nomes mais
associados ao cinema de ficção cientifica na década de 50. Infelizmente, em
1957, o cineasta cometeu suicídio após reações negativas ao seu ultimo filme, The
Giant Claw.
Foi lançado em DVD no Brasil em edição dupla, com a
versão colorida e com a versão em preto e branco, com um segundo disco recheado
de extras. Atualmente, tal edição está fora de catalogo.
Enfim, A
Invasão dos Discos Voadores é um filme excelente. Uma obra clássica de
ficção cientifica da época, com todos os aspectos presentes. Os efeitos
especiais do mestre Ray Harryhausen são o grande destaque, com seus discos
voadores com design único, que protagonizam cenas memoráveis. Um filme
maravilhoso.
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