NOTA: 3
Não há dúvidas que a franquia Sexta-Feira 13 é uma das maiores do Slasher; tudo graças à presença
de seu vilão, o assassino Jason Voorhees. Desde o seu lançamento, o primeiro
filme tornou-se um sucesso de bilheteria, o que inspirou o estúdio a realizar
uma série de sequências.
Pois bem, eis que chegamos à SEXTA-FEIRA 13 – PARTE 5 – UM NOVO COMEÇO, lançado em 1985, e o
mais controverso da franquia.
Por que controverso? Porque – ALERTA DE SPOILER! – este é o filme da franquia que não tem o vilão
Jason! Mais detalhes sobre isso adiante.
Mas o maior problema não é esse. O problema é que o
filme é bem fraco mesmo, graças, principalmente, aos personagens.
Aqui, nós temos os piores personagens da franquia,
sem exceção. Nenhum dos personagens é carismático e simpatizante. São todos
muito ruins, e os atores também não ajudam.
O resto do filme até que é bem filmado,
principalmente as cenas de assassinato, que, assim como o primeiro, contam com
takes em plano detalhe das mãos do assassino. O diretor Steinman faz um
trabalho esforçado para conseguir criar um bom filme com bons momentos de
suspense, mas, infelizmente, não temos cenas tão tensas assim, em comparação
com os filmes anteriores.
A sensação que temos aqui é que os produtores e
roteiristas não sabiam exatamente para onde ir após o final do filme anterior,
e também não sabiam como aproveitar o personagem Tommy Jarvis, aqui mais velho.
O personagem é muito chato, inexpressivo, e não faz absolutamente nada para o
andamento da trama.
Mas o problema não é esse somente. O maior problema é
o roteiro, principalmente quando foca nessa questão se Tommy está mesmo vendo
Jason ou não; ou até, se ele é o responsável, ou não, pelos assassinatos no
local. É um grande potencial desperdiçado.
Além do potencial desperdiçado, temos aqui os mesmos
personagens genéricos da franquia: o casal que transa, a final-girl, os jovens
desajustados, etc. Mas o pior fica para a mãe e o filho rednecks, que são os
personagens mais desprezíveis e nojentos da franquia. Sério, eles são horríveis.
O melhor do filme são mesmo as cenas de assassinato.
Assim como no primeiro filme, aqui somos brindados com takes em plano detalhe
das mãos e pernas do assassino enquanto ele mata as vítimas. A melhor delas é
cena da árvore, que chega até a dar aflição.
Mas vamos falar do potencial desperdiçado. Conforme
mencionado acima, Tommy é um sujeito atormentado por visões do vilão, o que
está causando problemas psicológicos. O mais frustrante, é que ele está sempre
por perto depois que alguém morre, o que levanta suspeitas se ele é o
responsável ou não. O pior fica para a última cena, que poderia gerar novas
possibilidades para a franquia.
No entanto, a questão mais polemica é que aqui não
temos o vilão Jason. ALERTA DE SPOILER! Conforme
revelado no final do filme, o assassino é um motorista de ambulância que viu
seu filho ser esquartejado por um dos jovens do local, e usou a lenda de Jason
para criar pânico na região. Uma ideia capenga, mas que poderia ser muito
melhor se Tommy fosse o responsável pelas mortes, por exemplo, o que faria
muito sentido.
Nem preciso dizer que tal ideia não deu certo e o
estúdio resolveu trazer o assassino de volta no filme seguinte.
Sexta-Feira 13
– Parte 5 foi lançado em 22/mar/1985 e não conseguiu obter um bom resultado
de bilheteria.
A franquia foi lançada em VHS e DVD no Brasil ao
longo dos anos, mas atualmente está fora de catálogo.
Enfim, Sexta-Feira
13 – Parte 5 é um filme fraco, com um grande potencial que infelizmente foi
desperdiçado. Os personagens também não funcionam, principalmente o
protagonista. As cenas de morte são a melhor coisa do filme e o salvam de ser
um completo desastre. Um dos mais fracos da franquia.
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