NOTA: 9.5
O primeiro filme de terror a gente nunca esquece, não
é verdade? E quanto ao segundo?
Qual foi o segundo filme de terror que vocês
assistiram? O meu foi UM DRINK NO
INFERNO, um misto de ação, terror e crime, comandado pela dupla Quentin
Tarantino e Robert Rodriguez.
Infelizmente, serei obrigado a dar spoilers aqui
nessa resenha, senão, a mesma ficaria incompreensível.
Recado dado, vamos lá.
Para quem já conhece, o filme é dividido em duas
partes bem diferentes.
Na primeira, acompanhamos uma trama de crime digna
dos filmes de Tarantino, com os irmãos, Seth e Richard Gecko, dois criminosos
que espalham o terror pelo país e sequestram uma família, com o objetivo de
fugir para o México. Na segunda parte, acompanhamos os personagens em um bar de
strip-tease que se revela um antro de vampiros sugadores de sangue.
Passada essa introdução, vamos falar sobre o filme
como um todo.
A começar pela direção de Robert Rodriguez, que é
muito boa, e o diretor consegue conduzir as duas partes da trama com maestria,
e ambas acertam em cheio.
A primeira parte, conforme mencionada acima, lembra
muito os filmes de ação do diretor Tarantino, com a temática de sequestro e
assalto a lojas e bancos, com ângulos de câmera e diálogos que poderiam ter saído
diretamente de um filme de Tarantino, assim como as cenas violência.
Já a segunda parte, se transforma em um filme
completamente diferente, com um ar de trasheira, com cenas de mortes exageradas
e sangrentas ao extremo, com o sangue jorrando sem parar logo após a introdução
dos vampiros, e os personagens lutando contra as criaturas com tudo que encontram
no local, como tacos de bilhar e as pernas das mesas.
E o roteiro de Tarantino é muito bom em combinar
essas duas partes, e faz tudo com maestria. Na primeira metade, tudo acontece
aos poucos, com a dupla de irmãos se organizando para fugir do país, enquanto
mantêm uma mulher como refém, mas as coisas não acabam bem, e os dois são obrigados
a sequestrar uma família para ajudá-los a fugir. No entanto, quando chegamos na segunda metade,
o terror surge com tudo, com direito a corpos decepados e sangue jorrando com
gosto; mas, após o massacre inicial, o roteiro novamente aposta no slow-burn,
até desencadear para novos momentos de terror.
Os efeitos especiais foram criados pela KNB Effects Group,
de Robert Kurtzman, Greg Nicotero, e Howard Berger, e eles não economizaram. Aqui
tem de tudo, de membros falsos, passando por bonecos animatrônicos, e fantasias
de monstros. Esqueça os vampiros clássicos. Aqui, temos vampiros monstruosos, com
rostos deformados, e presas afiadas. Difícil dizer qual é o melhor, porque
todos são muito bem feitos, e, convencem muito até hoje, assim como os efeitos
de sangue.
Deixe-me falar um pouco mais sobre os vampiros. Além do
visual monstruoso, eles são inspirados nos vampiros clássicos, e seguem algumas
regras, como, por exemplo, são derrotados pela luz do sol; estacas de madeira
no coração e cruzes também funcionam; e se transformam em morcegos. No entanto,
o que os torna diferentes, é que eles podem ingerir outras bebidas, conforme
mostrado quando somos apresentados ao bar Twittie-Twister – não vou usar a tradução
aqui, para não criar polêmicas.
No início da resenha, eu mencionei que este foi o meu
segundo filme de terror, porque eu o assisti quando era criança com a minha
mãe. Até assisti-lo novamente, anos depois, eu me lembrava de algumas cenas, e sempre
que o revejo, e as cenas aparecem, sinto um quentinho no coração. Por isso,
este filme tem um lugar especial na minha vida.
Enfim, Um Drink
no Inferno é um filme excelente. Um filme de ação e terror, contado com
maestria pela dupla Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, com um roteiro bem
afiado e direção inspirada. Os efeitos especiais são o grande destaque, com
tudo que tem direito, e a KNB cria vampiros verdadeiramente assustadores.
Altamente recomendado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário