NOTA: 8
Antes de falar sobre o filme, vou deixar um recado.
Esta é a ultima resenha a respeito da franquia Sexta-Feira 13, porque é o
ultimo filme da franquia que tenho na minha coleção, e também porque os demais
não foram lançados no Brasil em mídia física.
Bom, dado o recado, vamos lá.
Após o desempenho ruim da Parte 5, a Paramount
decidiu trazer Jason de volta, e o resultado foi SEXTA-FEIRA 13 – PARTE 6 – JASON VIVE, dirigido por Tom McLoughlin.
Na opinião de muitos fãs da franquia, este é o
segundo melhor depois do primeiro, talvez pela forma como foi contado. Ao
contrário do tom sério dos filmes anteriores, aqui temos um longa conduzido
pelo humor negro e pelas situações absurdas no roteiro.
Eu pessoalmente não considero esse um dos meus
favoritos, mas admito que é muito legal. No entanto, eu ainda prefiro os quatro
primeiros.
Mas vamos lá. Sexta-Feira
13 – Parte 6 é mais um filme focado no personagem do Tommy Jarvis, que
esteve nos dois filmes anteriores, ganhando destaque na franquia como sendo uma
espécie de nêmesis do vilão. Aqui, temos o personagem adulto novamente,
disposto a provar que Jason está a solta, após ser revivido numa noite de
tempestade. No entanto, ninguém acredita nele e somente descobrem a verdade
após o assassino surgir diante deles.
É um roteiro bem amarrado, porque foca na trama de
Tommy e sua busca para derrotar o vilão. Além disso, temos de fato a trama de
um acampamento funcionando, porque temos crianças que estão realmente acampando
no Crystal Lake, que aqui foi renomeado, justamente para tentar apagar a lenda
do vilão.
Além disso, temos algumas cenas que envolvem um humor
negro até que involuntário, com direito a quebras de quarta barreira,
principalmente nas cenas envolvendo o coveiro do cemitério. Os personagens
também contribuem para esse tom de humor, com tiradas espertas, muitas delas
dadas pelos personagens secundários.
Uma das mais notáveis é a sequência do jogo de
paintball, uma sequência aleatória, que surge do nada, com personagens
estúpidos, que estão lá apenas para morrerem nas mãos de Jason. E as cenas de
morte dessa sequência são bem criativas, com direito a membros arrancados e um
rosto sendo prensado numa arvore com um smile desenhado nela. Nessa cena também
é estabelecido como Jason conseguiu sua machete, arrancando-a de um dos jogadores.
Na verdade, ao longo da franquia, nós vimos que o vilão conseguiu várias
machetes diferentes, mas parece que foi aqui que a machete definitiva do
personagem foi conquistada – mesmo que ele não faça uso dela nos demais filmes.
Conforme mencionado acima, aqui temos o retorno de
Tommy Jarvis, mas também temos outros personagens bem interessantes, como o
Xerife Garris, que faz de tudo para conter o protagonista porque não acredita
nele; temos também a filha do xerife, que simpatiza com Tommy e decide ajuda-lo;
como sempre, temos os monitores do acampamento, sendo todos muito bem
estabelecidos e bem escritos. Os demais personagens também não fazem feio.
No entanto, o melhor personagem é o vilão. Aqui temos
a primeira aparição da versão zumbi de Jason, visto que ele ressuscita de seu
tumulo com ajuda de um raio. O vilão está em forma aqui, alto, brutal,
implacável, com sua característica máscara de hóquei, luvas de couro e um cinto
de utilidades. Essa é a peça do figurino que mais chama a atenção dos fãs, e
adiciona um elemento a mais ao personagem.
Apesar de sua presença imponente, as cenas de morte
são bem reduzidas aqui, principalmente graças aos cortes da MPAA, que era
famosa por cortar as cenas mais sangrentas da franquia. A falta de cenas mais
elaboradas não exclui as cenas de mortes criativas, principalmente a cena em
que uma personagem tem o rosto prensado na lataria do trailer, ou quando Jason
quebra um personagem ao meio.
E claro, além do roteiro bem amarrado, temos também
uma direção criativa. O diretor McLoughlin faz uso de planos mirabolantes para
criar cenas de tensão, sempre mostrando o vilão ao fundo do cenário, ou na
frente da câmera.
E na trilha sonora, temos a presença do cantor Alice
Cooper, com três canções, sendo a mais conhecida, He’s Back (The Man Behind the
Mask), que toca nos créditos finais.
Sexta-Feira 13
– Parte 6 – Jason Vive foi lançado em 01/ago/1986 e obteve um bom resultado
nas bilheterias.
A franquia foi lançada em VHS e DVD no Brasil ao
longo dos anos, mas atualmente está fora de catálogo. Lá fora, a franquia foi
lançada em Blu-Ray pela Shout! Factory, em um grande box ilustrado.
Enfim, Sexta-Feira
13 – Parte 6 – Jason Vive é um filme bem legal. Um filme com um roteiro bem
amarrado, focado no humor negro, com grandes tiradas. Além disso, a direção é
criativa e cria cenas de tensão e medo. O vilão Jason é o grande destaque, com
um novo visual imponente, brutal e implacável, com a clássica machete e um
cinto de utilidades. Um dos mais adorados pelos fãs da franquia. Um filme muito
bom.
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