NOTA: 8
A MÁQUINA DE PASSAR ROUPA |
A MÁQUINA DE PASSAR ROUPA, presente
na coletânea Sombras da Noite, é um
dos contos mais bizarros de Stephen King, sem duvida.
Mas, não deixa de ser divertido. Em poucas páginas, King cria uma historia
de investigação policial com elementos de slasher e possessão demoníaca. Não sei
de onde ele tirou essa ideia, mas o fato é que é bem legal, absurda mesmo. Mas eu
gostei.
A leitura foi bem rápida, aterrorizante e principalmente, divertida. King
também não nega fogo, e apresenta cenas repletas de violência e sangue, muito
sangue. A Máquina faz um enorme estrago nos funcionários da lavanderia, despedaçando-os
como se fossem animais no matadouro, e provocando medo nos sobreviventes. Talvez,
se fosse com outro autor, a premissa seria diferente, algo como inteligência artificial
ou até mesmo extraterrestre, mas King faz uso do método mais absurdo – até porque
não há outro modo de descrever – para justificar o motivo de sua máquina ter se
tornado faminta por carne humana: possessão demoníaca.
Não me lembro de ter lido alguma historia desse tipo antes, e, talvez
para o leitor mais exigente, talvez fosse o cumulo do absurdo. Mas não para
mim. Como já disse, eu me diverti muito nessa leitura.
Adorei os métodos que King utiliza para fazer seus dois personagens
lutarem contra a máquina, bem como o resultado do confronto. Os dois homens
fazem uso dos métodos mais comuns em casos como esses, e não parece ridículo,
não. Acho que é o tipo de coisa que qualquer um faria se soubesse que tal
objeto está possuído por um espirito maligno. E como King revela, a máquina não
é o único objeto inanimado que se alimenta de pessoas. Não...
O fato é que A Máquina de Passar
Roupa é bem legal. É uma leitura rápida, de alguns minutos, apenas –
minutos esses que passam rápido; mal começou, já acabou. Simples. Vale a pena.
E antes que pensem que essa premissa de objetos possuídos é absurda,
vale lembrar que na adaptação de Christine,
também de King, John Carpenter utilizou o pretexto de que ela estava possuída
por um espirito demoníaco, e funcionou muito bem. E aqui, também.
Não sei em qual momento da vida King encontrava-se quando escreveu a
historia, e francamente não importa. Também não sei se ele tentou contar uma
historia realmente seria, ou não, e também não importa. Tenho certeza que sua intenção
era a melhor possível, e apesar do famoso ditado, ele entrega uma historia
assustadora e violenta.
Os personagens da historia são bem simples, pessoas comuns, que
encontramos no nosso dia-a-dia. O Guarda Hutton é o típico policial do bem,
sempre disposto a ajudar os outros e desvendar o mistério. Cético no inicio,
conforme as suas investigações vão avançando, ele começa a se convencer,
principalmente quando ouve relatos de sobreviventes, e de seu amigo Jackson,
que é um tipo de especialista no assunto. Enfim, personagens bacanas.
Em 1995, foi adaptado para o cinema por Tobe Hooper, em Mangler – O Grito de Terror, estrelado
por Robert Englund e Ted Levine, no papel do Guarda Hutton. Eu só vi esse filme
uma vez, há muitos anos, no extinto Cine Mistério,
da Band; e não foi o filme todo, foi apenas o final, um final bem sangrento,
diga-se. Porém, apesar de ter Robert Englund no elenco, e Tobe Hooper na
direção, críticos e fãs de Stephen King dizem que é uma das piores adaptações do
autor. Não sei dizer.
Enfim, A Máquina de Passar Roupa
é bem legal. Um conto aterrorizante, violento e divertido. Uma historia rápida
e macabra, que diverte e chega a prender a atenção.
Recomendado.
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