terça-feira, 23 de julho de 2019

A MÁQUINA DE PASSAR ROUPA (Stephen King).


NOTA: 8



A MÁQUINA DE PASSAR ROUPA
A MÁQUINA DE PASSAR ROUPA, presente na coletânea Sombras da Noite, é um dos contos mais bizarros de Stephen King, sem duvida.

Mas, não deixa de ser divertido. Em poucas páginas, King cria uma historia de investigação policial com elementos de slasher e possessão demoníaca. Não sei de onde ele tirou essa ideia, mas o fato é que é bem legal, absurda mesmo. Mas eu gostei.

A leitura foi bem rápida, aterrorizante e principalmente, divertida. King também não nega fogo, e apresenta cenas repletas de violência e sangue, muito sangue. A Máquina faz um enorme estrago nos funcionários da lavanderia, despedaçando-os como se fossem animais no matadouro, e provocando medo nos sobreviventes. Talvez, se fosse com outro autor, a premissa seria diferente, algo como inteligência artificial ou até mesmo extraterrestre, mas King faz uso do método mais absurdo – até porque não há outro modo de descrever – para justificar o motivo de sua máquina ter se tornado faminta por carne humana: possessão demoníaca.

Não me lembro de ter lido alguma historia desse tipo antes, e, talvez para o leitor mais exigente, talvez fosse o cumulo do absurdo. Mas não para mim. Como já disse, eu me diverti muito nessa leitura.

Adorei os métodos que King utiliza para fazer seus dois personagens lutarem contra a máquina, bem como o resultado do confronto. Os dois homens fazem uso dos métodos mais comuns em casos como esses, e não parece ridículo, não. Acho que é o tipo de coisa que qualquer um faria se soubesse que tal objeto está possuído por um espirito maligno. E como King revela, a máquina não é o único objeto inanimado que se alimenta de pessoas. Não...

O fato é que A Máquina de Passar Roupa é bem legal. É uma leitura rápida, de alguns minutos, apenas – minutos esses que passam rápido; mal começou, já acabou. Simples. Vale a pena.

E antes que pensem que essa premissa de objetos possuídos é absurda, vale lembrar que na adaptação de Christine, também de King, John Carpenter utilizou o pretexto de que ela estava possuída por um espirito demoníaco, e funcionou muito bem. E aqui, também.

Não sei em qual momento da vida King encontrava-se quando escreveu a historia, e francamente não importa. Também não sei se ele tentou contar uma historia realmente seria, ou não, e também não importa. Tenho certeza que sua intenção era a melhor possível, e apesar do famoso ditado, ele entrega uma historia assustadora e violenta.

Os personagens da historia são bem simples, pessoas comuns, que encontramos no nosso dia-a-dia. O Guarda Hutton é o típico policial do bem, sempre disposto a ajudar os outros e desvendar o mistério. Cético no inicio, conforme as suas investigações vão avançando, ele começa a se convencer, principalmente quando ouve relatos de sobreviventes, e de seu amigo Jackson, que é um tipo de especialista no assunto. Enfim, personagens bacanas.

Em 1995, foi adaptado para o cinema por Tobe Hooper, em Mangler – O Grito de Terror, estrelado por Robert Englund e Ted Levine, no papel do Guarda Hutton. Eu só vi esse filme uma vez, há muitos anos, no extinto Cine Mistério, da Band; e não foi o filme todo, foi apenas o final, um final bem sangrento, diga-se. Porém, apesar de ter Robert Englund no elenco, e Tobe Hooper na direção, críticos e fãs de Stephen King dizem que é uma das piores adaptações do autor. Não sei dizer.

Enfim, A Máquina de Passar Roupa é bem legal. Um conto aterrorizante, violento e divertido. Uma historia rápida e macabra, que diverte e chega a prender a atenção.

Recomendado.



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