sexta-feira, 26 de abril de 2024

O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA – O RETORNO (1995). Dir.: Kim Henkel.

 

NOTA: 1


Lembram-se do que eu disse no começo da resenha de A Hora do Pesadelo 6, sobre filmes ruins? Para quem não se lembra, eu disse que filmes ruins não teriam resenha publicada aqui, a menos que façam parte de uma franquia, e que essa franquia esteja disponível no Brasil na íntegra. Pois bem, é o caso aqui.

 

Enfim, chegamos a ele, ao polêmico O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA – O RETORNO, lançado em 1995, com direção e roteiro de Kim Henkel, co-criador do Clássico de Tobe Hooper.

 

O que dizer sobre esse filme?

 

Pois é, esse filme é um dos filmes com nota mais baixa já comentado aqui, porque ele é muito ruim, nem de longe, honra tudo aquilo que foi criado por Hooper, no clássico de 1974; do contrário, aparenta ser uma grande piada em cima de tudo que foi construído naquele primeiro filme.

 

Nada nesse filme condiz com a franquia, e tudo não passa de uma repetição malfeita de tudo que aconteceu nos filmes anteriores – aliás, no primeiro filme – , e além disso, joga uma explicação safada para a família de Leatherface.

 

Já que toquei no assunto, deixe-me dizer que aqui, a família do vilão é muito confusa, e a interação entre eles não faz o menor sentido. É impossível saber quem é o chefe da família, e todos não sabem fazer outra coisa a não ser gritar uns com os outros. O próprio Leatherface é mal explorado, e se transforma em uma caricatura do personagem que conhecemos.

 

Os personagens aqui também não fazem o menor sentido, além de serem bem mal escritos e mal estabelecidos. É possível até entender que existe uma relação entre a protagonista e um deles, mas o outro “casal” não faz sentido nenhum, visto que a garota não gosta do rapaz, mas, quando eles saem juntos para procurar ajuda, eles estão andando juntos. Isso faz algum sentido para você? Porque para mim, não faz.

 

O roteiro é outra bagunça, porque, conforme mencionei acima, ele tenta replicar tudo que foi apresentado antes, mas o faz de forma malfeita, acrescentando situações absurdas, que não provocam medo no espectador, e no final, repetem a famosa cena do jantar.

 

A técnica também merece menção, porque é uma bagunça, principalmente nas cenas da floresta. Por exemplo, em determinado momento, a lanterna dos personagens fica sem energia, e, na teoria, eles deveriam estar perdidos no escuro, mas a cena possui uma boa iluminação. Eu até entendo que em cenas assim, é bom ter uma iluminação reduzida, para criar atmosfera, mas aqui, isso não funciona.

 

Conforme mencionei acima, o roteiro tenta dar uma explicação para a família de Leatherface, e o faz por meio de uma sociedade secreta, que cai de cometa na casa, e não faz nada além de dar uma bronca em todos, mas não explica o motivo. Dizem que os dois homens que surgem do nada fazem parte da seita dos iluminati, mas eu não tentei entender nada da cena.

 

Se o filme tem uma qualidade, é a performance da atriz Renée Zellweger, que é muito carismática, e convence muito no papel da heroína sensível e fragilizada.

 

Infelizmente, o restante do elenco não funciona, principalmente o ator Matthew McConaughey, no papel do vilão Vilmer. Seu personagem é muito exagerado, e não passa sensação nenhuma. O ator também atua de forma exagerada, e não passa nenhuma reação a não ser risadas, ou vergonha.

 

E claro, não posso encerrar essa resenha, sem mencionar o final. Ao contrário do final do Clássico de Tobe Hooper, aqui temos um final ridículo, que copia a conclusão do primeiro filme na última cena, e derrota o vilão de um jeito absurdo, envolvendo um avião aleatório.

 

Foi lançado em DVD no Brasil pela Obras-Primas do Cinema, na coleção O Massacre da Serra Elétrica, com os quatro filmes da franquia original, além de contar com duas versões – a Versão de Cinema, e a Versão do Diretor. Atualmente, tal edição está fora de catálogo.

 

Enfim, O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno, é um filme ruim. Uma história que não faz o menor sentido, que tenta ser assustadora, mas falha miseravelmente, além de copiar o primeiro filme sem a menor vergonha. O único ponto positivo é a protagonista, que convence muito bem em sua performance. Um filme que descaracteriza o personagem Leatherface, e o transforma em uma péssima caricatura. Um filme muito ruim.


Créditos: Obras-Primas do Cinema.

 

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