segunda-feira, 31 de maio de 2021

CRUELLA (2021). Dir.: Craig Gillespie.


NOTA: 10



Devo dizer que desde o seu surgimento, no começo da década passada, os novos live-actions da Disney tem dado o que falar. Até o presente momento, fomos presenteados com novas versões das animações clássicas do estúdio, algumas boas e outras ruins. No entanto, uma coisa é justa: todos foram sucesso de bilheteria.

 

Pois bem, hoje vou falar sobre um deles, de cara, um dos melhores: CRUELLA (2021), filme de origem de uma das maiores vilãs do estúdio.

 

O que posso dizer sobre ele? Bem, vou ser direto. É um filme espetacular! Sem duvida, um filme onde tudo contribui a seu favor, e consegue deixar qualquer um de queixo caído.

 

Cruella é magnifico, um verdadeiro show de extravagância, cores, luzes, e, principalmente, estilo. É sério. Quem conhece a personagem sabe que ela tem estilo sobrando para dar e vender, mas, ter a oportunidade de ver de onde tudo surgiu e como começou é uma experiência única. Ou seja, Cruella é um filme de origem.

 

Todos nós sabemos que são filmes de origem, e, francamente, alguns são até dispensáveis. Mas, esse não é o caso. Confesso que Cruella é aquela personagem que não precisa ter seu passado mostrado, mas, aqui, eles conseguiram fazer isso de uma forma brilhante, sem apelar para o óbvio. E o melhor, não transforma a personagem em uma vítima, ou sugere que ela no fundo é incompreendida. Não. Aqui, temos a verdadeira Cruella De Vil, a Rainha da Maldade, esbanjando glamour e... crueldade.

 

Eu confesso que desde o primeiro trailer, a minha empolgação estava lá em cima, e após assistir ao filme, eu pude ver que eu estava certo. O filme é tudo aquilo que prometeu e um pouco mais. É divertido, tenso, dramático, engraçado e cheio de ação. E não passa pano nas maldades de sua protagonista, conforme mencionado. E no fundo, está certo. Se uma personagem é má, deve-se mostra-la como tal, e não tentar apresentar um argumento fajuto de que ela foi mal interpretada.

 

O que temos aqui é o nascimento daquela Cruella que nós conhecemos e amamos, sempre esbanjando glamour e estilo com toda a pompa. E que estilo. Os figurinos são espetaculares, cada um melhor que o anterior. Um verdadeiro desfile na tela, literalmente.


A direção de arte e o design de produção também merecem pontos. A Londres da década de 70 é muito bem retratada, toda colorida e exuberante.


E a própria direção é fantástica. O diretor Gillespie fez um excelente trabalho e arrancou performances inspiradas de seu elenco, principalmente de Emma Stone e Emma Thompson, nos papeis de Cruella e da Barones, respectivamente. Ambas as atrizes brilham nos papéis, assim como o restante do elenco.

 

Devo dizer que o filme respeita, e muito, os materiais de origem, no caso, a animação de 1961, e o livro de Dodie Smith, sem apelar para easter eggs forçados. Aqui, temos, sim, easter eggs, mas são aqueles easter eggs respeitosos, que aparecem porque devem aparecer, e não para lucrar em cima do material original. Além disso, o roteiro não dá quase nenhuma dica explicita a respeito da historia original, apenas apresenta seus personagens principais, mas não dá tanto destaque; então, sim, aqui temos Roger e Anita, mas eles são reduzidos a coadjuvantes, uma decisão mais do que acertada. E quem conhece a história, seja da animação, seja do live-action de 1996, sabe que Cruella e Anita têm uma relação de longa data, algo mostrado aqui de maneira rápida, mas também acertada.

 

E o que é de Cruella sem os dálmatas? Bom, não espere os 101 dálmatas da história original. Aqui, nós temos apenas três, e já é o suficiente para estabelecer a relação da vilã com eles. Aliás, relação essa que vem desde o passado, conforme mostrado no prólogo.

 

Aliás, o prólogo é outro acerto do roteiro, mostrando o passado conturbado da protagonista, sua relação com as pintas e como conheceu seus capangas, Horácio e Gaspar. Inclusive, o roteiro adota uma sacada que, acredito eu, nunca havia sido abordada antes: Cruella, Horacio e Gaspar se conhecem há muito tempo e são velhos parceiros no crime.

 

Aliás, crimes é o que não faltam, principalmente roubos. Então, além de ser um filme origem, é um filme sobre roubos, no melhor estilo do gênero, e do tipo que empolga.

 

Eu confesso que fiquei empolgado nas cenas de ação, justamente porque elas são muito bem feitas. E o que seria de Cruella sem um pouco de ação, não é? Vimos isso na animação e também nos dois live-actions. E mais uma coisa: não espere cenas para crianças, porque temos algumas que realmente não são apropriadas para menores – mas sem nada muito pesado.

 

Para finalizar, vou repetir: o filme cumpriu as minhas expectativas e as superou desde a primeira cena.

 

Enfim, Cruella é um filme excelente. Divertido, empolgante, engraçado, dramático e cheio de ação. Figurinos espetaculares, combinados com uma direção de arte maravilhosa, uma direção firme e um elenco afiado, formam uma excelente combinação e criam um filme que enche os olhos. Maravilhoso e cheio de surpresas e diversão. Excelente. 





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